sexta-feira, 1 de junho de 2012

ARQUITETO

Só eu sei como guardas o mel verdadeiro;
onde fica o bueiro em que prendes a luz;
ninguém mais adivinha em que pipa se curte
o teu vinho mais nobre, o mais doce licor...
Sei exato em que ponto se tranca o teu gozo,
tua fonte precisa de puro prazer;
não há quem, senão eu, traçaria o teu mapa,
teceria uma capa sobre o teu miolo...
És um livro tão lido, que tenho de cor;
outdoor de mistérios que só eu desvendo;
gabarito que a vida só passou pra mim...
Desenhei essa planta engenhosa de afeto
no papel visceral dos teus fundos sentidos;
sou o teu arquiteto afetivo e carnal...

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