quarta-feira, 16 de maio de 2012

ADEUS MATERNO


Ela nos deu adeus... e ao mesmo tempo em que partiu, ficou nas inúmeras vivências deixadas. Nas caladas do seu amor imenso igual bolo em fatias, que sobra neste vazio cavado entre nós. De repente se cala a nossa voz de tantos gritos de guerra. Das tantas bravatas que agora caem no solo, impotentes. Procurando ação.
Foi morar na distância que nenhum ser humano concebe. A velha distância que não declara endereço nem dá referência. Voou para muito além da consciência do que pode haver de fato entre sonho, razão, ciência exata e fé. Feito isto, algemou nossas almas na dor de uma saudade que não tem tamanho. Fez a nossa verdade cristalizada e vã abrir mão do conceito de que as mães, quando nossas, não desbotam; tampouco diluem.
Mas havemos de reagir, como sabemos que ela quer. Não importa onde esteja, seu olhar nos esquadrinha e tenta iluminar os caminhos. Nossas vidas manterão aceso esse facho que fluía da cruz de sua entrega extrema; inesgotável; sem palavras que a possam descrever... traços que a possam desenhar. 
Sabemos enfim, que somos o tema da história desse amor que vence a própria morte, por ser amor de mãe... dessa mãe que as prosas, versos e universos continuarão decantando sem o sucesso esperado no que tange a tentativa de alcançar sua dimensão.

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