segunda-feira, 14 de maio de 2012

DESMONTARIA


Já não moro em teu corpo, troquei essas plagas
Pelas vagas voláteis em outras planícies;
Por arbustos fugazes e banhos em rios
Cristalinos; ingênuos; desses que “dão pé”...
Desovei tua casca nos flancos da vida,
No desvão das saudades que sempre curti,
Pra sarar a ferida; expurgar o passado;
Cavalgar noutros lombos pra onde nem sei...
Desmontei do meu sonho de seguir contigo,
Pra seguir a mim mesmo com quem me aprouver
E prover meu instinto sem firmar contrato...
És um tempo esquecido no retrovisor,
Uma flor ressecada no caderno pardo
Que não guardo faz tempo; deixei de novelas...

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