segunda-feira, 28 de maio de 2012

RESPEITO QUE SALVA


O ateísmo, por si só, não deixa de ser uma religião. É a fé dos que não têm fé em Deus e defendem essa convicção como se dela dependesse a preservação de suas vidas. Ateu é fanático; segue e tem seguidores, e como ninguém nasceu assim, todo ateu é um convertido. Compõe a igreja dos que pregam a salvação da mente a partir da não salvação da alma.
Penso que a liberdade real do ser humano paire no simples crer ou não crer sem qualquer conflito, agonia ou preocupação. Sem qualquer pretensão de convencer o próximo a aceitar uma verdade sem rosto; enigmática; impregnada por dogmas ou dispositivos de fuga desses dogmas. Redundantemente, a liberdade mora no ser de fato liberdade. Não compõe a escravidão dos que se pregam na cruz de qualquer extremo, em seu nome.
Que a fé do ser humano em si próprio refletida no outro possa promover a paz neste mundo, haja ou não outros mundos, planos ou vidas... E as nossas verdades pessoais e intransferíveis não interfiram no amor e no respeito - especialmente no respeito - que nos devemos.

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