segunda-feira, 28 de maio de 2012

METRÓPOLE


As pessoas são vultos que resvalam
pelas ruas tomadas por motores;
por silêncios cravados de ruídos
que não calam conflitos, dores, medos...
Levo as minhas angústias e sigilos
no vazio que vem aqui no fundo,
pois o mundo não pode se ocupar
desta soma dos males que o entulham...
Solidão povoada que se agita,
multidão isolada na fervura
que não grita os distúrbios concentrados...
Sofrimentos que vão pros escritórios;
pros andaimes; pras filas dos empregos;
pros espinhos e pregos de viver...

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