segunda-feira, 14 de maio de 2012

COCO A COCO


Superei esse jenipapo furado sobre vida a dois, e vejam só: Faz tempo que estou morango sozinho. Livre como estou, ninguém manga em mim... e aviso desde jaca: Não tenho intenção alguma de cajá  com mais ninguém.
Quem recentemente abiu meu coração e fez morada já se foi. Voltei a fechá-lo e já não vivo a banana a brasa que restou lá no fundo. Quero fazê-la virar cinza, e se quer saber um segredo, abacaxi que vou dizer: Adotei aquela filosofia do “ameixa-se que a vida passas”. E é verdade. Hoje mesmo vi uvas chorando pitangas porque passaram a vida com um mamão no passado e um pé no presente, sem ver o tempo voar.
Hoje, amoras de minha vida são só minhas filhas. Vivo por elas e não há melões de dólares que paguem o prazer dessa entrega. Figo feliz e realizado, e pinha mesmo que ser assim. A vida essa cana, faz sofrer, mas sempre pêra o melhor momento para nos revelar o quanto ganhamos com certas perdas.
Acelerei o meu viver. Tudo que desejo agora é construir o futuro para minhas herdeiras. Era, portanto, imprescindível me decidir açaí da masmorra. Estou bem pra carambola e quase nem acredito em tanta felicidade.
Finalmente, o meu coração está leve. Já não acerola mais; bate calmo. Fechado pras paixões inúteis, enxerga melhor o mundo e absorve mais da vida. Coco a coco estou percebendo como perdi tempo com sofrimentos desnecessários que sempre me deixaram avelãs (ou a contar carneiros, como se diz da insônia).
Sapucaia sobre mim se for mentira: Todos nozes podemos superar qualquer dor. Juro que afinal durmo em paz, com maçã consciência de que mereço. Tâmara que cereja sempre assim, para todo o sempre; amêndoa.

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