Sei notar quando a fruta perde o sumo;
conhecer uma fonte que definha;
meu olhar antecipa o fim da linha
pra fazer a ilusão mudar de rumo...
Já não vejo mais polpa nesta pinha;
nosso vício precisa doutro fumo;
veja como esta casa está sem prumo;
foi um lar, mas o tempo a tornou rinha...
Cada dia conspira contra o conto
que por anos voláteis foi de fada,
mas agora caminha pro seu ponto...
No juízo final da realidade
vejo tudo que resta; não foi nada;
pra ser franco, nem flanco de saudade...
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