segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DESTINO A CAMINHO


Ela vem a galope, o seu cheiro me ronda,
como faz óleo quente fritando cebola
na pequena cozinha de um bar de subúrbio;
no distúrbio do "trêiler" de beira de rua...
Eu me apronto pra ela namorando a sombra,
cortejando saudades, dando à solidão
a maior atenção que se dá para o nada;
o silêncio devido a não se sabe o que...
Sinto os ares que chegam pra sondar meu peito,
pra tecer o perfil de quem logo será
passageiro do cosmo; do espaço; do caos...
Minhas veias presentem seu dom glacial,
a rajada suave da quase presença,
que me pede licença e prepara o destino... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário