terça-feira, 22 de novembro de 2011

DESPOJADO


Menosprezo troféus; minha estante é de livros,
nas paredes da casa não guardo comendas
nem lembranças de quando superei alguém;
não nasci pra vencer, mas pra viver em paz...
Dos jornais que algum dia narraram meus feitos,
nunca tive notícias, embrulharam ovos
logo após serem lidos por minha frieza;
minha mesa de centro não lhes deu repouso...
Meus escritos ocupam janelas de mídia
para serem do mundo, e se levam meu nome
é pra terem registro, identidade, berço...
Faço pouco do muito que a todos encanta,
reneguei os crachás ou a carga dos cargos,
pois nasci pra morrer e não inchar a história...

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