Demétrio Sena,
Magé – RJ.
De repente o
desejo pinta o sete;
vai sedento,
se joga, perde o chão,
nossa índole
foge, não se mete
nos assuntos
extremos da paixão...
O desejo é
mais forte que oração;
a nudez rompe
a lona do colete;
quando a carne
supera o coração,
já não teme
chicote nem cacete...
Não existe
pecado sobre amor,
mas na velha
cegueira do clamor
cujo fogo é
arroubo de momento...
Minha gula
domina o dom da fome;
sou a fera que ataca, mata e come;
meu desejo
devora o sentimento...
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