Demétrio Sena, Magé – RJ.
Hoje sinto a
poesia engarrafada
entre as vias ou veias em
conflito;
quanto mais a procuro, chamo e
grito
mais a perco no abismo do meu
nada...
Choro a seco, meu brado soa mudo;
sai dos olhos e some pela
estrada;
gasto verbos na folha rabiscada,
mas não digo a que vim depois de
tudo...
De repente a poesia vem à marra
feito bicho acuado que se solta;
filho dócil que um dia se
desgarra...
Foi um feto inspirado, porém
torto,
que rompeu as amarras da revolta
e nasceu apesar de quase morto...
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