Demétrio Sena - Magé
A maioria dos motociclistas ainda não conseguiu entender que a moto é um meio de transporte; não um brinquedo ou aparelho de esporte radical, para levar a vida na adrenalina. É claro que uma moto é mais fluente e flexível no trânsito, mais barata e muito mais econômica. Mas é um meio de transporte sujeito às leis e regras nacionais de trânsito, especialmente no que tange a segurança do piloto, de outros pilotos, motoristas e pedestres.
É inquestionável que a moto é um veículo perigoso e ao mesmo tempo apaixonante, pela sensação de liberdade: o piloto a domina como a um cavalo e galopa estrada afora, muitas vezes esquecido de que se trata de um veículo motorizado e as estradas não são capoeiras; estão repletas de veículos automotivos e há pessoas sobre ou dentro deles. Algumas vezes, famílias inteiras, e que não agem de modo a provocar acidentes.
Se compararmos o motociclismo de transporte com o do globo da morte, por exemplo (atração de circo), vamos perceber que a prática não é diária e requer habilidades específicas comprovadas. Se fosse o globo da morte, o risco de um acidente grave seria multiplicado infinitamente. Ainda bem que não é. A moto, como meio diário de transporte, deve ser utilizada com consciência dos riscos que podem ser minimizados pela responsabilidade.
A carteira nacional de habilitação só pode ser aviada para pessoas adultas. Ser adulto requer juízo e bom senso. É lamentável vermos pessoas que alcançaram a maioridade, mas permanecem agindo feito crianças inconsequentes no trânsito, como se brincassem de montanha russa na rodovia. Locais inadequados, atitudes descabidas. Parece uma compensação de frustrações infantis ou adolescentes.
Motociclistas não gostam de ser classificados como motoqueiros, pois consideram isso pejorativo. Talvez a diferença esteja nisto: motociclistas são responsáveis, cuidadosos, respeitam leis e regras, amam a própria vida e se preocupam com a do próximo. Motoqueiros são inconsequentes, não respeitam nada e ninguém, não têm amor pela própria vida e não ligam se vão ferir ou matar o próximo, no trânsito.
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Respeite autorias. É lei
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