segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

PATERNIDADE

Choro todas mágoas que as entristecem, tanto quanto me alegro em cada sorriso que banha seus rostos. Para mim tudo é doce ao sentir que algo novo as adoça, mas todo gosto é sem gosto, se as percebo amargas. Este amor com que as amo é o meu mergulho sem fundo. A minha vida só se autoexplica no espelho de seus olhos que são a luz dos meus. O meu amor é o meu mundo que lhes dou inteiro... e meu deus é a graça de lhes ver felizes.
Não sei passar pela vida sem sofrer as quedas que a mesma lhes causa, e só sei levantar se as ajudo a fazê-lo com sucesso. Se as ajudo a sorrir, sonhar e vencer os desafios mais intrincados. É bem certo que o meu zelo muitas vezes falha, que o meu amor se mostra insuficiente, mesmo na sua infinitude, mas consigo me renovar quando vejo à frente um bom pedaço de caminho pelo qual ainda posso e preciso lhes conduzir.
No meu caso, viver tem a duração do que ainda lhes falta para serem plenas, independentes e realizadas. Morrer só será o desfecho, a culminância do quanto sou feliz, por ter sido agraciado pela paternidade. Isso é tudo que peço à vida: só se desgarre de mim quando eu tiver cumprido minha missão; feliz missão de preparar minhas filhas para o mundo.

Um comentário:

  1. Só assim me sinto o ser totalmente feliz
    deixo seres humanos "perfeitamente humano"

    beijos
    Joelma

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