Demétrio Sena - Magé
As pessoas estão buscando (ou simplesmente aceitando) relacionamentos nos quais ninguém é levado a sério. Isto se agrava nas relações de amor, quando ambos permitem, um ao outro, aquele tratamento sem afeto, sem gentileza e até sem respeito, como se o outro fosse um guisado, que satisfaz a fome fisica e só volta a ser desejado na hora da "próxima refeição" em qualquer "mesa".
Não vim aqui para falar de noivado, casamento, união estável... nem vim pregar moralismos como a suposta obrigatória relação heteroafetiva. Falo de todas as formas e naturezas do amor, inclusive aquelas em que os acordos voluntários de ambas as partes abrem portas para inclusões onde não haja sofrimento... ou mesmo da relação afetiva temporariamente sem amor, mas com carinho, envolvimento, gentileza e a preocupação mútua com o bem estar de quem faz parte da nossa vida e troca sua intimidade conosco. Mesmo sem amor, isso é amor.
Com ou sem compromisso de futuro, uma relação afetiva/sexual não pode abrir mão do contexto de afeto, compromisso com o bem estar da parceria e aquele olhar sempre humano. Sempre de gente que lida com gente... não de fera que vai à caça quando o "estômago" ronca e pede mais um pedaço da carne armazenada e garantida para sua "fartura", pelo menos enquanto existe a carne.
Se nem sempre tem que ser amor, tem que haver o envolvimento afetivo pautado pela sinceridade, a troca relevante, o respeito ao ser humano com quem interagimos sexualmente. Mesmo sem o amor necessário a um compromisso de futuro, o desejo requer tratar bem, se importar, olhar com ternura, querer saber do outro quando está longe. Não entendo a falta de auto estima e respeito próprio que deixe alguém nos tratar como um naco de carne ou embutido.
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Respeite autorias. É lei
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