sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CHÃO DO MEU DESERTO

Só queria me achar, me convencer
a sair deste sonho que me anula,
que me ovula e "rechoca" pro vazio
deste afeto sem eco; sem resposta...
É tristonho intuir que sentes muito"
mas não podes pagar na mesma flor;
na "moeda" ou valor do que dedico
aos teus olhos dispersos; tão distantes...
Ou queria te achar no meu espaço,
no cansaço, no vácuo da carência
desse olhar; dessa voz ao meu encontro...
Só não quero esculpir a eternidade
que se forma em redor da solidão;
vira pedra no chão do meu deserto...

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