segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MÃO

Rio, 12/06/2008

Meu prazer é conforto; quiçá comodismo;
é brincar de horizonte sem sair do porto;
passear pelo pátio que se faz de mundo;
ir bem fundo no poço da ilusão de mar...
Minha mão bem que tenta, mas não supre a falta
que me fazes no corpo; na pele; nos eixos;
és a pauta que um dia caiu do meu conto
e deixou este flanco, esta falha no enredo...
Vejo minhas lembranças virarem saudade,
sinto minha saudade fazer aliança
pra tornar meu vazio cada vez maior...
Por mais água que a brisa lançasse na brasa,
por mais asas que o sonho tenha dado à fuga,
tua imagem me aluga na palma da mão...

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