sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

LOGO ALI DE ROCEIRO


Sempre gostei de morar na roça. Tenho temperamento caipira, pelo que foi um suplício passar tantos anos aprisionado nos ares das metrópoles. Fique registrado que para um sujeito como eu, qualquer subúrbio é metrópole. 
Voltei a morar na roça e a desfrutar dos encantos que moravam nas minhas recordações desde que saí deste mesmo lugar, menino ainda, e totalmente contra minha vontade. Refiro-me aos encantos notórios e previsíveis da paisagem que os olhos pastam, mas também à magia dos hábitos, comportamentos e linguajares deste povo autêntico daqui.
Gosto, por exemplo, de ouvir os campeiros com quem convivo informarem aos forasteiros como se chega em determinados endereços:
- Ói; o sinhô vai trupicando por esse ataio, até o canaviá, lá em riba. Chegando numa incruziada, quebra o braço dreito. Logo dispois tem  outra incruziada: O sinhô quebra o braço esquerdo e segue mais um tiquinho, até um capinzar... Aí é só sair comendo por ali afora, que não demora nadica de nada!

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