terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PRESO EM MIM

Quando falo e os ouvidos não traduzem,
não auscultam, só sabem escutar,
se meu grego é de fato língua morta
contra portas que nunca se abrirão...
Onde a voz não tem vez, nem mesmo escrita;
grita em vão, joga tinta no vazio;
meu latim é o latido indecifrável
que não causa ternura nem temor...
No momento em que as minhas expressões
não têm mais expressão, volume, peso,
quando as páginas férteis dos meus olhos
já não brotam nas terras de outros olhos...
Se meu íntimo é sempre distorcido
ao sair dos limites do silêncio,
é melhor ser meu próprio prisioneiro...

Um comentário:

  1. Certamente existirá alguém que compreenderá tua linguagem até sem palavras.
    Beijos
    Joelma

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