quinta-feira, 3 de novembro de 2011

VERSOS DE ARENAS


Certos versos fazemos por fazer;
versos certos mas fúteis como a palha,
sem a falha que os curte ou apimenta
ou a menta que faz com que levitem...
São poemas que as próteses limitam,
que militam na força da linguagem
de linhagem feudal, muito aparato,
mas têm ratos que vagam pelo sótão...
Cestos frágeis, de canos de jornais
onde jaz o verniz que forja o vime;
muita estrela num time que não brilha...
Uns discursos de pedra esmerilada
destinados a prêmios em concursos;
versos próprios de arcádias, greis e grêmios...

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