segunda-feira, 15 de abril de 2013

CO-AMOR NÃO SATISFAZ

Cheguei ao tempo em que desconsidero a mera resposta... o simples reflexo das minhas manifestações. No que tange os afetos, não troco mais as ações pelas reações... quero ações por ações.
Estou dispensando que "também" me queiras. "Também" tenhas saudades. "Também" me ames. Que sintas por mim exatamente o quanto sinto por ti, mas com a triste ressalva do "também"... do idem. Não quero nada em troca do que sou, "na mesma moeda". Nem mesmo sinais, confidências e confissões. Parece complicado, mas podemos trocar sem que seja troca, e variar a ordem.
Quero muito essa relação em que possa dar e receber, mas também receber e dar. Às vezes dar sem receber, e outras tantas, receber sem dar... mas tudo às vezes... nada convencionado, intransigente ou estatutário. Quando a relação a dois estabelece leis, hierarquias e ordem, deixa de ser propriamente uma relação. Torna-se autarquia, onde manda quem pode; obedece quem tem juizo.
Doravante, não me permitirei ser co-amado; co-desejado; correspondido. A voz do afeto que se tiver por mim terá que ser própria... não apenas o eco da minha voz... ou da voz do meu afeto.

Um comentário:

  1. Amar sem reservas...sem medo da amar mais, de querer mais.... cada vez mais difícil hoje em dia e assim o "amar também" o "querer também" parece até prêmio de consolação ou é isso ou nada...que me perdoe quem se consola com tão pouco prefiro ficar sem nada.

    Beijos
    Joelma

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