quinta-feira, 11 de abril de 2013

UM GRANDE ABRAÇO

Um encontro inesperado. Não exatamente com um velho amigo, mas um conhecido. E de muitos anos... e de muito longe. De fato, não havia como ficar indiferente... como não dar nenhuma importância.
Tão surpreso quanto eu, foi ele quem se manifestou.
- Caramba! Você por aqui? Faz muito tempo que nao lhe vejo! Como vai, Demétrio? Tudo bem?
- É verdade; mas que mundinho este nosso, hein? Nunca imaginei que o veria depois de tantos anos, e por aqui! Tão longe daquele fim de mundo!
Tudo à meia distância. Nem apertamos as mãos, apesar da manifestação de alegria... ou de curiosidade. Como já disse, não era um velho amigo. Não havia lembranças marcantes. Nenhuma saudade. Nada para ser posto em dia.
Trocamos algumas frases curtas, com aquela efusividade superficial. Podia ter sido mais demorado, mas tínhamos pressa... compromissos mais importantes do que nosso grau de conhecimento. Mais uma vez, foi ele quem se manifestou.
- Olhe; foi um grande prazer vê-lo de novo. Até dia destes. Um grande abraço!
Nem tive tempo de responder. De me despedir também... ele já estava longe... perdi a chance de abraçá-lo.
Também me lembrei de que o abraço, esse grande abraço banalizado, sempre às pressas, não é dos braços pra dentro...
... é da boca pra fora.

Um comentário:

  1. O que esses ditos tempos modernos fazem conosco...
    Encontrei um colega do colegial esses dias, na rua , confesso que não o reconheci mais ele foi muito gentil contou coisas de mim que eu mesma tinha esquecido, voltei a me ver daquela forma....como faz tempo ....como gostaria de ter ficado mais tempo de ter tirado foto(uma mania) de te conversado bastante , mais o tempo esse que as vezes é cruel não permitiu...tive que correr...mais o meu coração ficou ali durante muito mais tempo...que saudade...do tempo, aquele que não volta mais.

    Beijos
    Joelma

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