segunda-feira, 15 de abril de 2013

MAR DE SOLIDÃO

Quem adentra meus olhos pode ver minh´alma;
ler a palma do mundo que trago nas mãos;
vai além dos meus tons, a textura, o letreiro,
porque sou transparência e me deixo explorar...
Eis que chego sem carta; sem trunfo; sem "AS";
trago a paz de não ser um guerreiro em vigília;
tenho cá meus tesouros e também o mapa
cujas linhas são simples; quase sempre retas...
Se me quer, venha e colha; sou flor que se cheire;
tome todo meu vinho; já venho sem rolha;
depois caia no alqueire do meu chão carente...
Quero mesmo é dizer que me assumo alvo fácil,
que meu mar "tá pra peixe" se você se arrisca
a lançar sua isca em minha solidão...

Um comentário:

  1. Mar tão convidativo guarda segredos irreveláveis mesmo que pareça tão sereno e tão óbvio.

    Beijos
    Joelma

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