Amo a paz do quintal de arvoredo e nascente;
onde mora um casebre sem nível nem vinco;
no qual sinto que a vida não parece urgente,
porque sonho; bem quero; fantasio; brinco...
Pela velha janela que dispensa trinco
vejo a lua minguar; logo é nova, crescente,
fica cheia e derrama sobre o teto em zinco
sua luz tão macia; leitosa; envolvente...
Paraíso modesto e de beleza mansa;
o relógio boceja, espreguiça e descansa,
porque sabe que o tempo faz retiro e sesta...
Esse canto que abriga o país das magias
fertiliza meu peito e replanta energias;
a minh´alma percebe que o silêncio é festa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário