quinta-feira, 16 de agosto de 2012

POETA IMPOSTO

Nunca fui um poeta marginal;
fiz meu mundo e me fiz a sua essência;
tive minha decência muito minha
e ninguém me pegou em suas malhas...
Dei aos versos que fiz, dou aos que faço
as melhores roupagens; panos finos;
o melhor do que sinto; penso e sou;
do que sempre arbitrei como verdade...
Pelas ruas do quanto já vivi,
fiz a lei se adequar ao meu versejo;
meu desejo foi ordem literária...
Enganei os poetas de milícias,
invadi seus quarteis arcadianos
e tomei o respeito sonegado...

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