quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A QUADRILHA DO PODER


Uma gente sem escrúpulos. Que brinca de coisa tão séria. Diverte-se com o sadismo de governar cidades, estados e nações de acordo com suas conveniências, que são sempre danosas para o povo. Seu faz de conta inclui a promoção da esperança de que a miséria será extinta e todos gozarão de suas prerrogativas de cidadania.
Todos os poderes que a sociedade suporta formam essa grande quadrilha que blefa para cada utopia. Faz da nossa verdade uma pilhéria de mau gosto. Rouba os nossos tesouros, fingindo administrá-los, para nos devolver migalhas. Ao mesmo tempo, distribui seus velhos discursos que nunca serão matéria. São eternos projetos que não se tornam ações e contam com o benefício do esquecimento popular.
Para tais poderes, não passamos de bichos expostos às suas mazelas públicas. Enquanto eles seguem, o tempo avança e o mundo gira, o povo se desliga das tramas que o aguilhoam, para chorar pelos dramas das telenovelas. Ter pena dos miseráveis de folhetins, que vivem muito melhor do que a classe média da vida real.
São incontáveis os que mínguam de fome, doenças e muita; realmente muita injustiça, e mesmo assim dão graças a Deus por tudo. Não apenas a Deus, mas também aos políticos demagogos e desonestos que os mantêm na mesma penúria... Que para sempre os enganam com falsos benefícios passageiros, invariavelmente condicionados aos votos que os mantêm onde não merecem.
A eterna infelicidade popular povoa os cultos, as missas e outros meios de fuga subjetiva. Não porque a fé, no seu fundamento original represente fuga, mas porque muitos manipulam a miséria humana em benefício próprio, como fazem os governantes, parlamentares e afins. Ao povo, resta viver de sonho, medo e preguiça de mudar.

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