sábado, 22 de setembro de 2012

ESPERANÇA DE UM POVO CANSADO


Há um povo solto nas ruas. Não sei se o conheces, mas esse povo sabe quem és... Ou pelo menos intui que sabe. Trata-se de uma gente que flui da própria esperança já puída entre as velhas preces e os sonhos de algum dia sentir que tem vez e voz.
Esse povo é simplesmente quem paga pelos teus dias de pompa. Foi ele quem te pôs nessa casa onde agora não cabe, pois é nela que te ocultas enquanto brincas de reinar. É nessa casa que o preço do apreço que te aclamou como líder popular já não pode achá-lo, porque sabes fugir dessa responsabilidade.
É preciso que avives tua memória curta! Que só é curta quando assim te te convém! Ela te furta o bom senso, a noção de atributos, pela coragem que tens de receber pelo não trabalho... De recolher tributos para o que deves fazer e não fazes.
Tem um povo esperando que acordes da preguiça, da má vontade, a má fé, para cumprires as promessas que fizeste há pouco tempo, entre acordes melosos... Canções cansativas de campanha. Promessas de uma profunda mudança... Para melhor. 

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