quarta-feira, 12 de setembro de 2012

NO PAÍS DO MEU QUINTAL


Pra que o dia não morra de surpresa
Ou me prive da sua lentidão,
A beleza das horas não escorra
Pelo vão da preguiça de viver...
Quero sempre acordar ao som de acordes
Dos pardais que me chamam do arvoredo;
Da toada do galo que não muda
Seu enredo marcado e pontual...
Faço a vida espichar o faz de conta,
Este chão resumir o mundo inteiro,
Ser canteiro de sonhos infinitos...
Vivo acima das lidas e pelejas
E dos mitos urbanos de sucesso,
Quando me peço exílio em meu quintal... 

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