sábado, 4 de fevereiro de 2012

CEDO

Gozou a vida:
bebeu de tudo,
amou a todas,
armou das suas,
virou as luas
contando os astros...
Curtiu baladas,
"cartou" à beça,
cortou "dobrados"
e disse ao mundo
pra "cortar essa"
de censurar...
Fumou bagulhos,
falou bugalhos,
correu a cem,
perdeu o senso,
se fez de santo
e tanto fez...
Não teve modos
nem teve medo,
nas noites altas
achou bem tarde
ainda cedo,
jamais cedeu...
Ir tão além
o pôs no além
aquém do tempo
de se prever,
porque viver
não teve hora...
Achou a noite 
sem mais manhã,
foi ser ninguém,
nenhuma sorte,
curtir a morte,
gozar o nada...

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