quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MÁGOA DA ROSA


Minha porta fechada confunde a quem chega;
desanima os olhares a minha fachada,
sou ruína que assombra em silêncios uivantes;
as paixões são passantes, nenhuma se firma...
Trago tanto suspense nas linhas da face,
tenho dura expressão que o sorriso não vence,
quando vem na surpresa do dia de sol;
minha lágrima é rara, fica na represa...
Na verdade sou farsa de gelo e de força,
dentro deste saara se oculta uma praça
de riacho e gramado esperando romance...
Uma espera medrosa e fechada na sombra;
tem a mágoa do espinho que restou da rosa;
quem me quer saberá descobrir o caminho...

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