Sob a casca de certas "marras" juvenis mora uma imensa docilidade que suplica para ser achada. Esse barril que propaga rebeldias incontáveis e destila conflitos preocupantes tem, na verdade, um pedido íntimo de socorro. É um mel que azeda ou se cristaliza, se não for tratado pela experiência dos ditos mais velhos. Um diamante que perde o brilho da esperança e torna-se uma pedra no rim da sociedade, caso os vividos não se dediquem a lapidá-la com carinho, compreensão e consciência.
Os maduros; maduros mesmo, de tempo, alma e coração sabem disso. Pena que são muitos os que fazem da idade um acúmulo de arrogância, dureza e revanche contra os espelhos de seus passados. Nessa contrapartida, esses frutos que apodreceram sem alcançar maturidade continuam se antecipando como espelhos de sociedades igualmente podres que reproduzem. Passamos do tempo de acordar para isso.
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