sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SÓTÃOTÃOSÓ


Sua falta está farta no chão de minh´alma,
porque medra e transborda na calma tristonha
que se aduba nas horas desta solidão;
na versão de morrer que se ocupou de mim...
Seu adeus me persegue por este vazio,
feito rio silente cortando a floresta;
como tristes lamentos noturnos de brejos;
realejos de gente que tudo perdeu...
A saudade que sinto me aleija por dentro,
é o centro gasoso do meu universo
e sufoca o desejo de seguir vivendo...
Naufraguei nas lembranças e nada me acode;
nada pode me achar, pois virei o fantasma
que se assombra no sótão dessa nostalgia... 

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