segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SEM RINITE OU CEBOLA


Já deixei de poesia na vida real;
fiquei mais terreal, afundei neste chão
as raízes dos pés que tentaram voar;
fiz coar o que sou de quem ponho nas pautas...
Essa coisa de amar como quem despetala,
feito bala de afeto que a boca derrete,
lua toda melada entornando no céu,
é papel que a caneta interpreta na mão...
Afastei o poeta na hora do homem;
ninguém mais será musa, no máximo a meta
do meu sonho de alguém que chamarei de minha...
Será tudo sem juras nem juros além
desse bem que se quer com leveza e limite;
sem rinite ou cebola cortada no adeus...

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