sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A CRISE EM LINGUAGEM LEIGA


Ainda não se entendeu a simplicidade do motivo da crise que o mundo amarga: gastar-se mais do que pode e não se preparar para os tombos que as surpresas dão. Esse não preparo se deve, no caso dos estados Unidos, à arrogância. À certeza de uma invulnerabilidade que não é real em nenhum país. 
Mesmo leigo, percebi que os ataques terroristas daquele fatídico setembro, às Torres Gêmeas nos EUA não teriam efeitos resumidos às mortes e aos danos materiais do dia. Começou ali a crise que foi se desenhando ao longo de uma guerra – declarada pelo governo norteamericando à ditadura Saddan, ao mesmo tempo em que caçava o terrorista Bin Laden. Foi uma guerra excessivamente dispendiosa e infrutífera, se considerarmos as causas ideológicas que só obtiveram a vitória específica da captura e morte de Saddan Hussein. Não aquela, contra o terrorismo em si.
Mesmo para o país mais poderoso do mundo, não dá para sustentar ao mesmo tempo as pesquisas e práticas de conquistas espaciais e os gastos com uma guerra igual à que o mundo assistiu, de poucos resultados, o uso de muitas armas de última geração e de outras tecnologias avançadas que oneraram o país. Há, decerto outras, mas estas são as causas capitais do que estamos começando a sofrer, graças aos efeitos globalizados em um mundo que se tornou muito pequeno para sair ileso de uma crise que tem início justamente na terra-parâmetro do mundo moderno.
Certamente que os termos da economia não serão tão simplórios ao explicarem a crise. Virão gráficos complexos, termos burocráticos e números confusos para “dessimplificar” a questão, pondo-a fora do alcance de nosso entendimento. Mas o que houve pode ser entendido perfeitamente, comparado àqueles casos em que uma família gasta com o que não pode, e quando as despensas e carteiras estão vazias surge uma doença exigindo recursos que já não há. 
Sendo ainda mais simplista, direi que os governos terão que ter, mais do que o domínio de conhecimentos econômicos para vencer a crise, uma boa dose de juízo. É do que precisam as famílias nos momentos críticos. Desse juízo provêm o esforço, a abnegação e a união de todos pelo bem comum.

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