sábado, 4 de fevereiro de 2012

SOLTANDO OS BICHOS

O rato disse 
e ratificou:
Tatu tatuou
o couro da cobra,
que cobrou...
Depois alertou
que fique atento,
que o cabra macho
não é a cabra
e sim o bode...
O papagaio 
gaiato avisa
que o gato agora
foi gatunar,
ema greceu
gavião gavoou,
urubu tá uma arara,
ficou condor
de cotovia...
Quem tem o mapa
do besouro,
deve saber
que a patada
do pato dói...
Pintura de pinto
borra mesmo,
o mundo é louco,
gira girafa,
já profetiza
o castor batista...
Sapato
do sapo
aperta muito,
grilo é grilado,
aranha puxa 
a cigarra,
formiga em forma
tem seu porquê...
Ouriço ouriça
a perereca,
o cisne cisma
que o peixe está
apeixonado...
João-de-barro
barrou Joaninha,
por ter ciúmes
da elefância
do elefante
(ou do galo
tão galante
nas cantadas)...
Barata é tonta,
pois é lagosta
do marimbondo
moribundo,
todo o mundo
está com a pulga
atrás da orelha...
E tudo bem
se bem-te-vi
está de mal,
que abelha sempre
está de mel,
calango cala
qualquer fofoca
que a foca faz...
Não vai dar zebra,
o boto bota
tudo nos trinques
do trinca-ferro,
e se não erro,
tem esperança
no coração
do louva-a-deus...
Por esta luz
dos olhos meus
vagando igual
ao vagalume,
a tanajura
também jura,
no fundo os bichos
não são o bicho...

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