sexta-feira, 20 de julho de 2012

COMPLEXO DE SUPERIORIDADE


Quem é grosseiro e arrogante comigo sem receber arrogância e grosseria como troco, só fica satisfeito equivocadamente. Se tal pessoa entendesse a razão de minha calma, ficaria frustrada e muito mais enfurecida. É que não me ofendo nem discuto com figuras que não respeito e às quais me julgo superior. Logo, de minha parte não há medo, cautela ou ponderação. Só descaso.
Quando “pago na mesma moeda” ou até exagero na reação, aquele com quem o faço tem tudo para se sentir enaltecido; prestigiado. Neste caso, estou lhe dando atenção; respeitando sua presença; reconhecendo a importância do seu argumento, mesmo sem concordar. Se lhe respondo “à altura”, é porque vejo altura; nível; relevância. Em outras palavras, o enxergo; faço caso da sua existência.
São inúmeras as pessoas que se equivocam comigo, julgando me descompor, convencer ou intimidar, baseadas no meu silêncio. Também são muitas as que se frustram sem motivo, quando as enfrento. Mal sabem elas, que mexem comigo, fazem efeito e deixam seus manifestos registrados.
Há quem afirme que sou uma incógnita. Pode ser. Pode não ser também. Aliás, isto já é uma incógnita. Muitas vezes entro em conflito com o meu ego, tenho brigas homéricas comigo próprio, discutindo isto. Ponho dedo em riste, me ofendo, falo desaforos, mas não me amedronto: Reajo, me respondo à altura, e no fim das contas fico feliz: Percebo, já no limite, o quanto me levo a sério.

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