Se virasses fumaça, gás ou pó
lá no eixo insondável do infinito;
fosses palha, capim, quiçá cipó
numa selva irreal; de lenda ou mito...
Meu espírito em paz faria um rito
por estar sem algemas, peso, nó,
soltaria os demônios no meu grito
e teria mais bênçãos do que Jó...
Pela graça da tua inexistência,
pagaria tributo e penitência;
tingiria meu corpo de carmim...
Toma o vento e galopa um cometa!
Pode ser que descubras um planeta
que te faça feliz, bem mais a mim...
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