quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

NEGRITUDE


Não invente alma branca pra minha carcaça;
sou tão negro por dentro quanto sou por fora;
tenho orgulho da pele, do sangue ou da raça,
do meu povo e das lutas travadas outrora...

Nem reserve um cantinho pra me dar agora;
o Brasil é meu campo, meu chão, minha praça;
somos todos iguais numa pátria que chora
pela desigualdade que divide a "massa"...

Reconheça os valores alheios aos tons
que jamais apontaram perversos e bons,
carimbando caráter, conceito, atitudes...

Aprecie sem truque, disfarce ou trapaça;
sem a velha expressão de quem concede graça
quando assente que o negro dispõe de virtudes...

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