sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

POEMA FORA DE MODA

Às vezes volto ao clichês,
vou bater nas mesmas teclas
que meus dedos já surraram,
tantos dedos depois disto
já cansaram de apontar, 
mas ninguém olhou seus alvos...
Pra mostrar as evidências
e ser bem repetitivo,
sob uns temas previsíveis
desfilar a minha sombra,
meu assombro mais piegas
ou talvez mais consumível...
Mas eu juro que não primo
pelo nível destes versos,
tão apenas lhes recordo
que a miséria não passou,
o reverso da medalha
hoje tem a mesma efígie...
Nestas vezes me dou conta
da frieza do ser vate,
quando bate a consciência
do silêncio que acomoda,
pois as modas vão e vêm
desfilando sobre os dramas...

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