domingo, 18 de dezembro de 2011

CRISTOS


Todos os ombros levam seus madeiros,
Os calvários esperam não sei onde,
Mas minh´alma responde por meu medo
Quando ao dedo não resta o que apontar...
Já não fere perder os meus pedaços
Nem os passos e o tempo suprimido,
Pois abrolhos têm sempre quem os cate
Onde o prisma corteja a flor-dos-olhos...
Mas terei meu José de Arimatéia
Justo quando julgarem que expirei,
Pra depois encenar a renascença...
Nova crença irrompendo em derredor
Cantará minha cruz na fé da massa;
Todos têm esse dia em que são Cristos...

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