Minha lei não tolera esse teu desacato;
já cansei de ordenar que não fiques assim,
que teu rosto não tenha rascunho sutil
dessa melancolia que abate meus olhos...
Decretei que te alegres e tenhas saúde;
sejas doce e suave, senhora de si,
mas com clave de sol no silêncio risonho
desenhando esses traços de puro frescor...
Se me afrontas e sofres te prendo no colo,
te condeno aos meus mimos, rompantes e alarmes,
ao excesso de beijos e frases melosas...
Veredito inconteste que se faz cumprir
nos rigores e artigos do afeto extremado,
quando voltas ao crime de ficar doente...
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