Nossos brios excedem a própria razão
que se perde no abismo do quanto são esmos,
porque nada os embasa na grande verdade
muito além do que alcança o nosso pensamento...
Somos algo invisível pro cio do cosmo
que mantém o seu rumo e nem sabe de nós,
fura o poço do abismo em silêncio profundo
e dispõe do infinito pra nos anular...
Na verdade não somos, estamos ao léu
duma sorte que o tempo domina em segredo,
sob um céu que debocha dos nossos rompantes...
A fileira dos anos não vale o segundo
em que tudo se rende à prestação de contas
onde o preço do mundo nos toma de assalto...
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