Confiar é preciso, façam-se as apostas;
dar as costas ao luxo de sentir ciúmes;
certamente que o tempo desvenda o mistério,
decompõe o tom sério do que for vulgar...
É preciso intuir, mas a pressa envenena
uma cena, um momento que não podem ter
o sentido que os olhos arrancam do arroubo;
roubo exato, instantâneo da imagem fugaz...
Na razão de quem ama deve haver tempero;
ao invés do furor a frieza da trama,
quando a dúvida clássica chegar ao ego...
Pôr no "prego" essa dúvida, se for incerta;
um alerta contínuo do credor sagaz
faz ter senso de quando e de como cobrar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário