sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRÍTICA RAIVOSA


Se meu canto agradar os juizes do ramo,
será caso de urgência rever meus valores;
saberei com pesar, que não sinto; não amo;
meu olhar desconhece a beleza das flores... 

Quando vir que meu verso conquista escritores
dessas pautas tiranas da mídia-patamo,
só terei a saber que apagaram-se as cores
do que flui de meu ser; nunca forjo ou programo...

Não me rendo aos conceitos da crítica insossa;
tem a lua do céu mas prefere a da poça
uma gente miúda, suspeita e frustrada...

Quem um dia percebe ter dom irrisório
monta sua trincheira num belo escritório
e dispara despeito nos heróis da estrada...

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