Percebo com tristeza que educar ainda está bem longe dos nossos conceitos que se vangloriam, dando a si mesmos a faixa de perfeição. Dizemo-nos perfeitamente afinados com o educar, estando perdidos em sopas de letras e velhas lições arrojadas à base do cuspe e do giz. No máximo, truques que nem ousam deixar uma lição eficiente de vida.
Diferente de simplesmente ensinar, educar extrapola o sentido mesquinho de quem sabe de tudo, segundo ele mesmo, e não sabe aprender das verdades humanas que tornam rebeldes esses anjos que abominamos quando não rezam exatamente na nossa cartilha. O fato é que nosso amor pela causa só sabe atuar naqueles que já trazem de seus lares todo o amor que se tem. Mesmo assim, não damos nada mais do que gestos simplórios, a esses que nos satisfazem: Massageamos seus egos e oferecemos falsas facilidades e carinho artificial em troca do quanto facilitam nosso trabalho estritamente profissional. Digno dos mais sofisticados telefonistas ou atendentes de recepções de primeira classe.
Muitos de nós passam a vida sem atentar para o fato de que muitas vezes educar é ser mártir para que ninguém o seja. Temos que dar o melhor de nós para que não formemos andróides, e sim, cidadãos. Precisamos entender que esses cidadãos em formação têm o mapa do nosso futuro. Só precisam de nós para ajudá-los a decodificar esse mapa.
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