quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ODE AO DESENCANTO


Desencanto é sequela do encanto de um dia;
ninguém tem frustração sem ter tido quimera;
vê a hora tardia quem viu a manhã,
conheceu primavera quem chega ao outuno...
Minhas marcas atestam que outrora fui novo,
meu cansaço confirma o vigor quer já tive,
foi um ovo essa ossada que sobra da canja
e quem vive percebe que a morte virá...
Este adeus por que choro retém um sorriso
abraçado à saudade, à lembrança que atua
quando a lua desponta e me chama pro céu...
Só acorda e concebe que tudo sonhara,
o que planta seus sonhos e colhe depois;
é feliz todo aquele que se desencanta...

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