quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

POETA E CAMPONÊS


Um poeta que tem as mãos calosas
de compor agrião, feijão-de-corda,
poetar o compasso duma enxada
no capim ao redor do limoeiro...
Menestrel dos canteiros e pomares;
que decanta cafés, caquis e cocos;
rima grão e raiz, regato e várzea;
cuida bem do alecrim, da flor-de-lis...
Mas que sabe adubar a pauta agreste,
semear fantasia, sonho, verso;
irrigar das mais férteis emoções...
Não há solo tão árido ou rochoso
para minhas sementes, mudas, ramas;
minhas tramas; os cachos de poesias...

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