Como a vida bem antes do que a quer comer;
vivo bem como afronta, ironizando a morte;
sou feliz no resumo de um tempo sem tempo
para ir ao seu termo, destino de origem...
Tenho tudo no espaço em que o nada me quer;
pode ser que me tenha, mas tarde demais,
por mais cedo que seja, para ter vencido
a corrida que há muito se cumpriu em mim...
Já passeio na idade que parece curta,
fui alguém que seria se vivesse a mais,
muito além desse dia estampado em meu olho...
Tive o mundo no espaço de minha poesia,
nela fiz o infinito caber no meu passo
e fui pleno de amores, lembranças, saudades...
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