quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CANTE O CANTO DA INCLUSÃO


Do baú de "Raulzito"
ao agito de Benjor,
cante o gueto, a roça, o Rossi
ou as modas de sertões;
de subúrbios; morros; mangues...
Se você é brega ou Chico, 
Rei Arthur ou Rei Roberto,
Ana Nery ou Carolina,
cante a sina que lhe cabe;
só não deixe de cantar...
A viola de Paulinho
pede um Fundo-de-Quintal;
o pandeiro mescla Zeca
e Jakson Forrogode;
só não pode a calação...
Sendo diva ou "Dijavan",
quiçá Jorge, Seu ou São
e Marisa Monte ou vale
como Valle o Marcos é,
a missão é só cantar...
Temos Zecas: O Baleiro,
o chaveiro, o Pagodinho,
todo canto sei Dicró,
a Marrom desata o nó
desses males pra espantar...
São João, João Gilberto,
Preto Véio e Preta Gil,
seja Bruce Lee ou Rita,
tudo intima o dom da voz
de quem canta ou grita "iá"...
Brega mesmo é criar briga
de linhagens ou estilos,
de Versilos, Chororós,
deixa estar; o canto é livre,
fruto bom de quem plantar...
Cante o canto da inclusão
que mistura os cantos destes
e dos quantos não citei,
cumpra o sonho dessa lei;
deixe o coração cantar...

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