sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

FOGO FÁTUO

A minh´alma caiu nesse retrovisor
que se fez de tocaia no meu ponto fraco,
logo após se quebrou pra retê-la de vez
em um caco daqueles que foram mais longe...
Lá se foi atrás dela o sentido que tinha
caminhar pela espinha da vida restante;
pelos restos de mundo que vinham no pé;
na lavagem de fé que fedia no peito...
Rebocando meu corpo nem sei como vou,
porque toda vontade sangrou na preguiça;
enguiçou lá na linha dum ex-horizonte...
Acho até que só vivo pra ver que acabei,
conferir que não vivo; que sou fogo fátuo;
que nem sei por que sei tremeluzir assim...

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