segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MEMÓRIA DO DENTE

Foste minha e perdi, porque fui negligente,
descuidei-me do amor que não foi a contento;
fui distante, sem brilho, banal, reticente;
limitei os efeitos desse sentimento...


Entretanto te amei como as pipas o vento,
o varal a libélula, os sonhos a mente,
tua face morava no meu pensamento
e guardou tua carne a memória do dente...


Não precisas dizer que jamais me sentiste
rechear teu vazio, avivar o tom triste
que marcou a esperança curtida por ti...


Eu te amei me bastando nas nosss entregas;
apostei no teu corpo, te fiz de Las Vegas
e notei que te amava depois que perdi...

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